Bailarinos contam como superaram preconceitos para
conseguir realizar o sonho de brilhar nos palcos pelo balé
Por
Lilian Burgardt, de Joinville (SC)
Piadinhas na escola, na rua e, às vezes, dentro de casa. Quem disse que vida
de bailarino é fácil? Os que conseguem brilhar nos palcos dançando sozinhos ou
ao lado de pequenas estrelas que ficam na ponta dos pés já são, sobretudo,
vencedores. Especialmente em um país como o Brasil, onde, infelizmente, o
preconceito é muito forte.Edinaldo Louzardo, de 19 anos, também bailarino de São Paulo, conta que, embora para ele as coisas tenham acontecido de forma um pouco diferente, mesmo assim nunca foram motivo para fazê-lo desistir dos palcos. "Comecei a dançar ao ver minhas duas irmãs no ballet", diz. "Em casa, não tive problemas não, minha família me apoiou bastante", lembra. Já na escola, assim como com Felipe, as coisas foram bem diferentes. "Piadinhas de mau-gosto e comentários desagradáveis são inevitáveis", afirma.
Para ele, que desde pequeno sentia que levava jeito para o ballet, especialmente por causa da flexibilidade que tinha, com o tempo as pessoas passam a ver que a dança não é uma coisa exclusiva para mulheres "por assim dizer" e passam a respeitar sua opção. "Mesmo na escola, elas passam a te respeitar pelos resultados do seu trabalho e aí tudo melhora", ressalta.
No entanto, nem todos os bailarinos têm a mesma sorte e, quando o preconceito está dentro de casa, a situação se complica. Bruno Cayses, de 20 anos, entrevistado nos bastidores antes de entrar em cena disse que, em sua casa, o apoio dos familiares por seu interesse pelo ballet demorou certo tempo. "Nos primeiros seis meses foi bem difícil. Nem meu pai nem minha mãe aceitavam minha escolha", lembra. "O restante da família, então, só criticava", lembra.
Fonte: (http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2005/07/25/469798/dana-venceu-preconceitos.html acesso:11/06/2012)
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